Uma psicóloga cética e um padre em formação investigam mistérios que envolvem a Igreja Católica, dentre eles posses demoníacas, espíritos e supostos milagres.
uma psicóloga cética (Katja Herbers) se une a um padre em formação (Mike Colter) para investigar uma série de mistérios — dentre eles, posses demoníacas, espíritos e supostos milagres — aparentemente inexplicáveis envolvendo a Igreja Católica. Embora incrédula, a princípio, a psicóloga Kristen começa a ver sua descrença testada ao presenciar eventos inimagináveis os quais a ciências não consegue explicar. Ela, então, é obrigada a rever seu forte senso de realidade.
Já perto do fim, a temporada de Evil resume sua essência em uma cena emblemática. Ao ouvir da neta que ela vem sofrendo bullying na escola, a avó dá o conselho derradeiro: se você for violento com quem te oprime, a opressão acaba. A menina leva o ensinamento para a escola, aplica e vê o resultado acontecer. Confrontada pela mãe, ela entrega a avó, que nega veementemente. Depois, volta até a menina e dá a outra pitada de sabedoria: o mundo detesta quem é dedo-duro. Pronto, a catequização maligna foi instaurada na psique da criança e dali ela dificilmente será removida.
Embora Evil trate do mal em escalas muito grandes, o programa não se esquece que esses conceitos começam e se arrastam pela humanidade a partir de coisas pequenas. É como com a corrupção. As pessoas acham que fraudar uma carteirinha de estudante para pagar meia não é nada comparado a roubar os cofres públicos. Contudo, a consistência cultural que isso provoca ao longo do tempo é mais difícil de ser vencida que uma epidemia biológica. O mal minimalista é tão nocivo quanto aquele que envolve nações e é justamente quando entra nessa discussão que a série revela seu verdadeiro potencial.